quarta-feira, 8 de junho de 2011

O CRISTÃO TEM QUE ESTÁ FORA DE FESTA JUNINAS..

A origem de tais festividades remonta à antiguidade, quando se prestava culto à deusa Juno da mitologia romana. Os festejos a esta deusa eram denominados Junônias, atualmente festas juninas. Segundo a mitologia romana Juno era a protetora do casamento, do parto e sobretudo da mulher em todos os aspectos da sua vida, assemelha-se à deusa grega Hera, com quem foi universalmente identificada. Juno, na mitologia romana, era a principal deusa e a contrapartida feminina de Júpiter, seu irmão e marido. Com Júpiter e Minerva, formava a tríade capitolina de divindades difundidas pelos reis Etruscos, cujo templo se erguia no Capitólio, em Roma. Recebeu vários epítetos, segundo os papéis que desempenhava, como, por exemplo: Juno Iterduca, que conduzia a noiva à nova casa; Juno Lucina, a deusa do parto, que auxiliava o nascimento das crianças; Juno Natalis, que presidia o nascimento de cada mulher; e Juno Matronalis, que protegia a mulher casada. Tornou-se um anjo da guarda feminino, assim como todo homem possuía seu "gênio", toda mulher tinha sua "juno". Sua festa principal era a Matronália, celebrada em 1º de março, data em que mulheres casadas se reuniam e levavam oferendas ao templo de Juno Lucina, trazendo inspiração para o Catolicismo Romano que colocou tais festividades no mês de junho. As representações de Juno variavam de acordo com o epíteto escolhido. Com maior frequência, era representada de modo semelhante à grega Hera, de pé e como matrona de austera beleza, às vezes com características militares. Quando o cristianismo foi implantado na Europa, depois de muito relutar, a Igreja Romana aceitou algumas das festas pagãs, entre elas as Junônias.
Outra fonte diz-se que as festas juninas são de origem europeia, e que fazem parte da antiga tradição pagã de celebrar o solstício de verão. Assim como a cristianização da árvore pagã "sempre verde" em árvore de natal, a Festa Junina do dia de "Midsummer" (24 de Junho) tornou-se, pouco a pouco na Idade Média, um atributo da festa de São João Batista, o santo celebrado nesse mesmo dia. Ainda hoje, a Festa Junina é o traço comum que une todas as festas de São João europeias (da Estônia a Portugal, da Finlândia à França). Estas celebrações estão ligadas às fogueiras de Páscoa e às fogueiras de Natal. Uma lenda católica cristianizando a Festa Junina pagã estival afirma que o antigo costume de acender fogueiras no começo do verão europeu tinha suas raízes em um acordo feito pelas primas Maria e Isabel. Para avisar Maria sobre o nascimento de São João Batista e assim ter seu auxílio após o parto, Isabel teria de acender uma fogueira sobre um monte.
Para os brasileiros as festas juninas são uma herança portuguesa resultante dos cultos pagãos em louvor a terra, com a data de nascimento de São João. Sua origem foi influenciada por festas bárbaras e pagãs, com fogueiras e queimas de fogos para afugentar os maus espíritos. Começaram nos campos e plantações, daí os trajes típicos de caipiras e sinhazinhas, com casamento de roça, discurso do padrinho, as capelinhas decoradas, etc. Mais tarde as festividades tomaram um cunho religioso com apresentação de tradições locais, influenciada pelas lendas e hábitos do populacho.
Se tivermos as suas origens na mitologia romana, veremos tal festividade sendo categoricamente condenada por Jeremias no texto que segue:
“Tu, pois, não ores por este povo, nem levantes por ele clamor ou oração, nem me importunes; pois eu não te ouvirei. Não vês tu o que eles andam fazendo nas cidades de Judá, e nas ruas de Jerusalém? Os filhos apanham a lenha, e os pais acendem o fogo, e as mulheres amassam a farinha para fazerem bolos à rainha do céu, e oferecem libações a outros deuses, a fim de me provocarem à ira. Acaso é a mim que eles provocam à ira? diz o Senhor; não se provocam a si mesmos, para a sua própria confusão? Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que a minha ira e o meu furor se derramarão sobre este lugar, sobre os homens e sobre os animais, sobre as árvores do campo e sobre os frutos da terra; sim, acender-se-á, e não se apagará. Assim diz o Senhor dos exércitos, o Deus de Israel: Ajuntai os vossos holocaustos aos vossos sacrifícios, e comei a carne. Pois não falei a vossos pais no dia em que os tirei da terra do Egito, nem lhes ordenei coisa alguma acerca de holocaustos ou sacrifícios. Mas isto lhes ordenei: Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem” (Jr 7.16-23).
O costume dessas festas é movido pela tradição romana. Tais festas são uma forma de culto aos santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antonio. João Batista e Pedro jamais aceitaram adoração ou veneração (Jo 3.23-30; At 10.25,26). O costume é religioso e movido pela tradição Católica, por mais que elas tragam brincadeiras que agradem nossas crianças, o perigo é que as tradições e costumes possam entrar na vida dos pequeninos, o povo de Israel sofreu com os costumes de povos que o próprio Deus pediu para não se envolver com eles. Observe o que Paulo escreve:
“Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8)
Como cristãos não somos contra as festas, pois somos um povo festeiro, mas antes de participarmos de qualquer festa necessitamos avaliar qual é a sua finalidade. Não concordamos com os princípios das “inocentes festas juninas” que sorrateiramente tem-se recebido permissão de muitos cristãos e até de pastores, daí não entendermos o porquê de nossos filhos não terem mais desejo pela Bíblia, ou por servir ao Senhor Jesus.
Alguns pais de minha igreja tem-me perguntado: Meu filho é obrigado a participar da festa junina porque vale nota no boletim! Este tem sido um problema para muitos pais evangélicos. No Inciso 5º da Constituição Federal reza o seguinte: "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais dos cultos e suas liturgias".
Por fim consideremos que o Brasil é o maior país agrícola do mundo. No entanto, importamos alimentos, arroz, feijão, trigo, café, cacau etc. Deveríamos exportar, pois temos terras de excelente qualidade. Um dos problemas da falta de produção agrícola é a desvalorização do "homem do campo" que é humilhado nas festas juninas. As Festas Juninas humilham as pessoas do campo; o caipira quando não é banguela é desdentado, seu andar é torto, corcunda por causa da enxada, a botina é furada, suas roupas são rasgadas e remendadas, um pobre coitado. A Bíblia diz: “Quem caçoa do pobre insulta a Deus, que o fez” (Pv 17.5).

CURIOSIDADES: VOCÊ SABIA?
QUADRILHA. Que a quadrilha é uma dança de origem francesa? Foi trazida ao Brasil no início do século XIX passando a ser dançada nos salões da corte e da aristocracia brasileira. Com o passar do tempo, deixou a nata da sociedade e incorporou-se às festas populares gerando, assim, suas variantes no interior do país.
PIROLÁTRICOS. Você sabia que os cultos pirolátricos são de origem portuguesa? Antigamente, em Portugal, acreditava-se que o estrondo de bombas e rojões tinha como finalidade espantar o diabo e seus demônios na noite de São João. Atualmente, no mês de junho intensifica-se o uso desses artifícios, porém, desassociado dessa antiga crendice.

3 comentários:

  1. Pastor, a paz do Senhor... até o ano retrasado eu pensava que nao haveria problema algum deixar meus filhos participarem, por falta de discernimento nós não viamos maldade...até o dia em que o senhor nos esclareceu o signicado destas festividades... e que para nossas crianças tão puras e inocentes não parecia nada de mais, apenas mais uma festinha...

    Conversei com meus filhos (de 4 e 6 anos) e expliquei que nós amamos a Jesus e que Ele se entristecia com estas festinhas que adoram a outros deuses... eles compreenderam no mesmo instante e ainda me disseram: "mamãe, no dia da festa, a gente podia sair para ir comer no MCDonnalds???" rsrsrsrs glória a Deus pela sua vida pastor, por ter nos ensinado a ser vigilantes em todo o tempo... gloria a Deus!!!

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  2. Vejam, é comum cristão paganizar várias divindades e crenças de outras religiões buscando fontes históricas, como exemplo a crença nos santos das festas juninas. Bem, cristão evangélicos fazem isso sempre, mas o que me incomoda é a sua hipocrisia doutrinal. A Bíblia mesmo está cheia de crenças e influências de outras religiões.
    Uma das religiões que mais influenciaram o novo testamento foi a mitologia grega, por mais que os teólogos não admitam. O conceito de inferno, tormento eterno, demônios é intimamente ligado aos gregos. Por exemplo, no NT existe uma parte que diz que Deus encerrou os "anjos rebeldes" em correntes no abismo, no "tártaro", porém muito antes a mitologia grega diz que Zeus encerrou os "Titãs" no tártaro em correntes após uma batalha celestial. "Paulo" aborda esse assunto do nada sem nenhum respaldo bíblico anterior, e teólogos observam que esse assunto aparece do nada na bíblia sem base anterior, mas Paulo estava familiarizado a cultura grega e seus mitos, e muito do que "ele" escreveu, assim como demais escritores em especial do NT, traz em seus escritos tanto crenças comuns judaicas quanto crenças mitológicas gregas, entre outras crenças, sem considerar que a palavra "tartaro" é de origem grega, ou seja, "pagã". A Bíblia não só está carregada de mitologia grega mas também de sua filosofia, mas claro, os evangélicos vem dizer que a doutrina católica está carregada de paganismo e não percebem que a Bíblia é tão influenciada por "paganismo" quanto qualquer dogma católico.

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  3. Outra forte influência grega no NT é o próprio nome "Deus" que não existia dessa forma no conceito judaico, uma vez que até mesmo pronunciar o nome do criador em vão era considerado pecado no judaísmo. Os primeiros cristãos aderiram ao nome "Deus" com base no "Zeus", deus dos deuses do panteão grego, se utilizaram de uma palavra pagã, de um deus pagão para o conceito mais sagrado da crença judaica "Jeová, Iavé...". Isso poderia ser considerado diabólico e paganismo, chamar o Jeová judaico com o nome de um deus pagão, mas nem os primeiros cristãos e nem os evangélicos atuais se importam com esse detalhe, mas se importam com "paganismo" envolvendo São Pedro, João, etc., quando não se importam em invocar um deus pagão em suas orações.

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